Por Alexandre Bastos
Com integrantes investigados por
financiar a participação de manifestantes profissionais nos protestos do Rio de
Janeiro, o PR preparou um contra-ataque nesta terça-feira.
O vice-presidente da legenda no Rio,
deputado estadual Geraldo Pudim, acusou aliados do governador Sérgio Cabral
(PMDB) de tentar infiltrar um espião na estrutura do partido para ligar o PR
aos atos de vandalismo nos fins das manifestações.
“Fui procurado, há dez dias, por um
homem que disse ter sido contratado por dois deputados da base do governo para
se infiltrar no PR. Ele disse que estava arrependido porque estava sendo
tratado como um cachorro. Na hora, não ouvi. Depois, pedi que um dos meus
assessores fosse procurá-lo, mas ele tinha desaparecido. Esse homem foi
contratado para destruir o PR, para colar a imagem do Garotinho (pré-candidato
ao governo do Rio) nesse quebra-quebra promovido no fim das manifestações”,
acusou Pudim.
O espião, segundo a versão de Pudim, é
Anderson Harry Grutzmacher, um autônomo que diz ter tomado a decisão de se
infiltrar no PR para revelar os bastidores das manifestações que, desde junho,
tomam as ruas da cidade.
Grutzmacher tem uma série de gravações de conversas
com integrantes do partido – entregues ao jornal O Globo e à Polícia Civil.
Em uma delas, Grutzmacher propõe a
Fernando Peregrino, secretário-geral do PR, que a legenda patrocine uma
ocupação na casa do senador e ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias
(PT).
Sob o argumento de que “Cabral já está
morto”, Anderson alerta, segundo O Globo, para o crescimento do petista,
pré-candidato ao governo do Rio, que deverá disputar com Luiz Fernando Pezão
(PMDB) e com o deputado Anthony Garotinho (PR). “Trata-se de um ataque ao PR
que tem o objetivo claro de atingir a candidatura de Anthony Garotinho ao
governo do Rio”, afirmou Pudim. “Esse homem se infiltrou no PR para induzir,
para incitar o partido ao crime, para gravar (conversas), para pegar flagrante”,
acrescentou o vice-presidente da legenda.
Fonte Veja