Carlos Gilberto Triel
Em Nova Iguaçu, militantes do PT engrossam
o coro de "Golpe Não", aquecendo uma hipótese inviável que não interessa a ninguém
e, dando margem para que se estabeleça um consenso sobre a possiblidade de
impedimento da presidente.
O pavor do PT em perder o poder é tão
grande que têm dirigentes querendo que o governo demonize tudo que for de
direita, largue de vez as coalizões com o PMDB e, venha no caminhão de pepinos,
o senador Lindbergh ao governo do Rio.
Embora rechaçados nas passeatas, não se
conformam, querem a todo custo trocar figurinhas com os manifestantes, e depois
da porta arrombada, pressionam o governo a não fazer superávit primário para não pagar
nada que não seja saúde e educação.
Os radicais, mesmo sabendo que o
agronegócio é um dos pilares da economia nacional, também querem retomar com a
velha ladainha da reforma agrária, pouco se importando se nos últimos anos o
latifúndio improdutivo desapareceu.
Ou o governo leva do jeito que está,
comendo pelas beiradinhas, torcendo para que essa onda termine logo, não insistindo em socializar o discurso de que os inimigos são os outros, ou cairá
na própria ratoeira caso queira radicalizar.
Quando os aloprados da CEF criaram toda
aquela confusão do bolsa família e, na TV milhares de pessoas, algumas bem
vestidas, correndo para o saque, o programa se desmoralizou e foi aí que acendeu
a luz vermelha na opinião pública.
O governo do PT quis ser mais esperto
do que o gato e deu no que deu...