Muitas vezes o leitor já deve ter-se perguntado como é possível que tantas pessoas, aparentemente racionais, amem e aplaudam os governos mais perversos e genocidas do mundo e se recusem a enxergar a liberdade e o respeito de que elas próprias desfrutam nas democracias ocidentais, ao mesmo tempo que continuam acreditando, contra todas as evidências, que são moral e intelectualmente superiores aos que não seguem o seu exemplo.
Hoje em dia essas
pessoas, no Brasil, são a parcela dominante no governo, no Parlamento, nas
cátedras universitárias, no show business e na mídia.
A presença delas nesses altos postos garante a este país setenta mil
homicídios por ano, o crescimento recorde do consumo de drogas, o aumento da
corrupção até a escala do indescritível, cinquenta por cento de analfabetos
funcionais entre os diplomados das universidades e, anualmente, os últimos
lugares para os alunos dos nossos cursos secundários em todos os testes
internacionais, abaixo dos estudantes de Uganda, do Paraguai e da Serra Leoa.”
Olavo de Carvalho, na obra “A cólera dos imbecis: Cartas de um Terráqueo
ao Planeta Brasil.”
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