sábado, 26 de fevereiro de 2022

A IMPORTÂNCIA DA NEUTRALIDADE DO BRASIL II

Por Felipe Fiamenghi 

Aiiin, você está defendendo a Rússia. Seu discurso está alinhado com Venezuela, Nicarágua e o Petê!"

Não, Pequeno Gafanhoto. Não estou defendendo NINGUÉM. Estou defendendo que o Brasil, que não tem absolutamente nada a ver com o assunto, fique na sua. No texto anterior, já expliquei detalhadamente os motivos.

Desde a época de escola sou assim. Brigo as minhas brigas, mas nunca fiquei na "rodinha", incentivando enquanto os outros brigavam.

As atitudes do presidente da Ucrânia, um ator e comediante, estão causando uma "comoção" no sojado ocidente, desacostumado com qualquer ato de "bravura", que passou a confundir hipocrisia e burrice com heroísmo.

Vamos ser honestos. Volodymyr Zelensky é um progressista, desarmamentista, que confundiu Putin com os "homens de geleia" europeus. Agora, se vendo invadido por um dos Exércitos mais poderosos do Planeta, incentivou seu povo (completamente despreparado) a pegar em armas contra os Russos.

Para isso, se travestiu de soldado, foi brincar de Rambo e tirou muitas fotos, que estão rodando o mundo e fazendo todos admirarem a "bravura" do líder Ucraniano (que, apesar da fantasia camuflada, foi para o "combate" sem nem uma pistola na cintura).

A Ucrânia está pagando o preço por suas ideologias. Esqueceu do passado, se desarmou, confiou em promessas de paz, acreditou no "canto da Sereia" dos progressistas e elegeu um "artista" (sem nenhuma experiência politica) para o cargo mais importante da nação.

A Rússia não é uma santa. Muito pelo contrário. Mas do outro lado do conflito está a OTAN, a mesma organização que, há pouquíssimo tempo, estava dando eco ao discurso de "internacionalização da Amazônia" (sobre o qual Putin foi o único líder mundial que discordou e afirmou que a floresta é Brasileira).

Então, bravíssimo militante formado em combate no Call of Duty, nessa situação, não defendo nem um nem outro. Muito pelo contrário.

O Brasil já tem MUITOS problemas para se preocupar. Fechamos os olhos para a nossa guerra interna, onde a criminalidade ceifa mais de 50.000 vidas por ano (há décadas); fingimos que não temos terrorismo interno, enquanto facções comandam territórios inteiros e, vez ou outra, explodem seus "salves", parando as maiores cidades do país.

Mas nos achamos aptos a palpitar na condução da política externa e oferecer soluções para os conflitos entre dois países dos quais mal conhecemos a cultura e a história. Tudo baseado nas informações da "extremamente idônea" imprensa militante.

Pensem, porra. PENSEM!!!


"Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar."

(SUN TZU)

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