quarta-feira, 6 de maio de 2020

UMA BOMBA NUCLEAR NO RJ

Por Alberto Saraiva

PSOL e MBL entraram no STF para anular a nomeação de Rolando Alexandre para DG da Policia Federal, por ele ter removido para Brasília o superintendente da PF no Rio.
Bolsonaro queria há algum tempo a substituição da chefia no RJ, sem conseguir que Moro e Valeixo fizessem isso.

Há informações que o superintendente do RJ prevaricou ao não dar voz de prisão em flagrante ao governador Wilson Witzel, por um caso mantido em sigilo.

Alguns pontos, muitas dúvidas:

- O PSOL e Freixo não querem que haja a mudança por que temem uma reviravolta no caso da morte de Marielle, no que tange ao mandante?

- Ou tem a ver com Adélio (ex-filiado ao PSOL), que comprovadamente visitou Jean Wyllys, deputado do PSOL-RJ, na Câmara dos Deputados, e em cuja portaria tinha um álibi forjado para ele, Adélio, no dia da facada?

- Por que Valeixo encerrou a investigação sobre Adélio concluindo que tinha agido como "Lobo Solitário", quando há videos mostrando a participação de outras pessoas, que inclusive lhe entregaram a faca usada no crime?

- Por que nunca foi devidamente investigada a renúncia de Wyllys ao mandato, em favor do Davi, companheiro do Glenn Greenwald?

- De onde vieram os recursos financeiros que permitiram a Jean Wyllys quitar o apartamento que comprou no Rio, como se pôde ouvir ele próprio dizer, nos grampos do Intercept?

- Nesses mesmos grampos, Wyllys cobra de Davi "O restante do dinheiro". Por que isso também não foi investigado pela PF? Houve a venda do mandato? Quem pagou?

- Moro e Valeixo deram cobertura às ações (ou inações) da PF do Rio no caso Adélio? Moro é cúmplice? "Abafar o caso" era uma das suas missões no MJSP?

- Por que a troca do Superintendente do RJ sempre foi um pomo da discórdia entre Moro e Bolsonaro? Por que especificamente no Rio, e não em qualquer outro estado? E por que as alegações de Moro da "Interferência nos trabalhos da PF" se localizavam justamente no RJ?

- Sempre se disse que Bolsonaro queria a troca do SUP RJ para acobertar o caso Queiroz. O que é falso: a investigação não é da PF, e sim do MPE-RJ e da Polícia Civil do estado, que se reporta a Wilson Witzel. O governador do RJ é cúmplice? Será que a sua não-prisão tem a ver com o caso Adélio?

- Rodrigo Maia também é deputado federal pelo RJ. E é muito ligado ao PSOL de Freixo e ao PCdoB de Orlando Silva, interessados direta ou indiretamente na morte de Bolsonaro. Será Maia também cúmplice?

- Ele era o presidente da Câmara quando o falso registro de Adélio na portaria da Casa no dia do atentado contra Bolsonaro foi feito. E uma estranha e rápida apuração concluiu que foi um "Erro de um funcionário", e se encerrou o caso. Maia também estará envolvido na trama?

- E por que o STF blindou Adélio? Por que a "famosa" 2a. Turma impediu que a Veja e outros órgãos da midia o entrevistassem?

- E por que, a pedido de Felipe Santa Cruz (outro carioca, mera coincidência?) presidente da OAB, se apressou a blindar os caríssimos advogados que faziam a defesa do esfaqueador?

- Quem pagou os honorários da equipe de 4 advogados para defender Adélio, e que chegou a Juiz de Fora de jatinho, em menos de 24 horas da tentativa de assassinato de Bolsonaro? A PF nãodescobriu nada sobre isso nos 15 meses de Moro ministro?

- O que levou Alexandre de Moraes a impedir, ao arrepio da Constituição, a nomeação de Alexandre Ramagem como DG da PF, com a estapafúrdia alegação de que ele é "Amigo da Família Bolsonaro? Será que o real motivo não seria a troca do Superintendente do Rio?

- Como fica tudo isso, quando se sabe que só depende de Rodrigo Maia recepcionar um dos 40 pedidos de impeachment de Bolsonaro, que já estão na mesa dele?

- E por que Celso de Melo deu um prazo para que Maia se pronuncie sobre esses mesmos pedidos de impeachment, em mais um ato da série "Nunca Antes na História Deste País"?

O fato é que a troca da chefia da PF no RJ foi o pivô das saídas de Valeixo e Moro dos cargos que ocupavam no governo Bolsonaro. E há muito mais para ser apurado do que minhas perguntas levantam e supõem.

Eu penso que Bolsonaro e a Abin de Alexandre Ramagem e Rolando Alexandre têm as respostas.

Alberto Saraiva, achando que a bomba tem milhares de quilotons. E que vai explodir.



Alberto Saraiva é arquiteto e escritor teatral. .









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