Em
meados de 2004, um petista baixinho, barbudinho e gesticuloso,
engrossou a voz pra dá impressão de que estava ali pra ser independente, e
perguntou ao então candidato a prefeito de Nova Iguaçu, o Lindbergh Farias:
"Quem me garante que o Sr. não vai
ser igual a todos que foram prefeitos aqui em Nova Iguaçu?"
Lindbergh não hesitou, pegou a mão do seu filho e, de sua mulher, e com o mais cantado do sotaque nordestino, caprichou no
folclórico jeitão de cabra arretado:
"Indoidô! Danosse, ô seu menino! Eu
lá sou hômi de faltar com a verdade. Eu não vim aqui pra ser mais um não, tá
aqui minha mulher e meu filho, as duas coisas que mais gosto nessa vida. Tenho
um projeto e escolhi Nova Iguaçu para ser a outra coisa que mais gosto
nessa vida.
Quero ser o
melhor prefeito dessa cidade para poder virar governador desse Estado. E não
escondo que quero voar alto, não. Eu quero voar alto sim. Ambiciono em ser
presidente, por que não? E para poder voar até o planalto meu voo precisa ser
alto. E para tudo isso acontecer eu não posso falhar aqui nessa cidade, seu
moço."
Naqueles dias que antecederam às eleições de 2004 para prefeito de Nova Iguaçu,
o radialista Gabriel Barbosa que acabara de ouvir o discurso acima, e ainda com
a boca cheia de um carboidrato barato servido no Comitê Petista, chegou a engasgar de
emoção com o discurso do cabra...
Bom, essa história foi contada 2007 pelo próprio radialista em um dos programas Perfil da Baixada na Rádio Tropical AM, em que ele dizia os diabos do então prefeito.